quarta-feira, 29 de julho de 2009

As ditaduras podem voltar (Texto do Frei Betto)

Frei Betto


Todos os ditadores – de Hitler a Médici, de Batista a Stalin, de Franco a Somoza – passam à história como figuras execráveis, cujos nomes, estigmatizados, se associam às vitimas de seus governos tirânicos.

Aliás, Tirano era o comandante da guarda do rei Herodes. Seu nome tornou-se sinônimo de crueldade por se atribuir a ele a execução da ordem real de decapitar, em Belém, todos os bebês, entre os quais estaria Jesus se José e Maria não tivessem fugido com ele para o Egito.

A América Latina carrega em sua história longos períodos de supressão do regime democrático. No século XX, o Brasil conheceu dois: sob o governo Vargas (1937-1945) e sob o regime militar (1964-1985), sem falar dos que governaram sob Estado de Sítio.

O paradoxo é que todas as ditaduras latino-americanas foram suscitadas, patrocinadas, financiadas e armadas pelo governo dos EUA. Até o mandato de George W. Bush, para a Casa Branca, democracia, consistia numa panacéia, mera retórica política. Fala-se que nos EUA nunca houve golpe de Estado porque não há, em Washington, embaixada americana...

O recente golpe em Honduras, que resultou na deposição do presidente Zelaya, democrática e constitucionalmente eleito, coloca o governo Obama frente à hora da verdade. Ao receber a notícia, Hillary Clinton, secretária de Estado, vacilou. Talvez tivesse manifestado apoio aos golpistas se o presidente Obama, em viagem à Rússia, não houvesse reagido em defesa de Zelaya como legítimo mandatário.

Ainda assim, os EUA não suspenderam sua ajuda financeira e militar às Forças Armadas hondurenhas, que sustentam o ditador de plantão.

A política externa da Casa Branca trafega sobre o fio da navalha. Sabe que Zelaya está mais próximo de Chávez que dos falcões usamericanos que ainda comandam a CIA. Esta agência, especializada em terrorismo oficial, não foi devidamente saneada por Obama. E, agora, tenta justificar o golpe sob o pretexto, infundado, de que o presidente da Venezuela estaria prestes a remeter comandos militares a Honduras para derrubar os golpistas e devolver o mandato ao presidente Zelaya.

A América Latina conheceu significativos avanços políticos nas últimas duas décadas. Após destronar as ditaduras militares e rechaçar presidentes neoliberais – Collor no Brasil, Menem na Argentina, Fujimori no Peru, Caldera na Venezuela – demonstra preferência eleitoral por candidatos oriundos de movimentos sociais, dispostos a disputar o espaço das esferas de poder com os tradicionais grupos oligárquicos.

É verdade que o uso do cachimbo entorta a boca. Alguns mandatários, em nome da governabilidade, não têm escrúpulos em fazer concessões a velhos caciques políticos notoriamente corruptos, representantes de feudos eleitorais marcados pela mais extrema pobreza.

Quando um líder político de origem progressista se deixa cooptar pela oligarquia conservadora o que está em jogo, de fato, não é a propalada governabilidade. É a empregabilidade. Perder eleição significa o desemprego de milhares de correligionários que ocupam a máquina do Estado. Nesses tempos de crise financeira não é fácil inserir órfãos do Estado na iniciativa privada. Seria, para muitos, atroz sofrimento perder o cargo e, com ele, as mordomias, tanto materiais - transporte e viagens pagos pelo contribuinte -, como simbólicas - a aura de autoridade que desencadeia em torno ondas concêntricas de bajulação.

Todos sabemos que, hoje, no centro da vida política se sobressai a questão ética. A maioria dos políticos teme a transparência. Por isso, muitos, descaradamente, agem por baixo dos panos, promulgam decretos secretos, cumpliciam-se em maracutaias, tratam como de somenos importância o fato de o deputado do castelo usar verba pública em benefício próprio, ou um senador, ex-presidente da República, incluir sua árvore genealógica na folha de pagamento custeada pelo contribuinte.

Se não se estancar essa deletéria convivência e conivência de lideranças outrora progressistas com velhos e corruptos caciques, não se evitarão a descrença na democracia, a deterioração das instituições políticas, a perda do senso histórico na administração pública. O que constitui excelente caldo de cultura para favorecer o retorno de ditadores salvadores da pátria.

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

Obs: Texto retirado do site:
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia

Até mais =)

Finalmente, Chimarruts!



Finalmente a banda gaúcha Chimarruts chega a Aracaju pra fazer esse som.A banda formada em 2000, tem três discos de estúdio fora o último, que foi um ao vivo com os maiores sucessos da banda.A banda faz um reggae bem leve, com as tradicionais mensagens do estilo.Os "intocáveis" (conhecedores do Reggae roots) provavelmente não gostam da banda, estão a julgando como "modinha" por ela ter uma música que está estourada em todo o Brasil.A música em si, é a bela "Versos Simples".Aqueles que conhecem a banda e curtem o som, quer que a banda cresça mesmo, atinja mais e mais pessoas!!!E foi graças a essa música que eles estão em turnê por todo o nordeste, e nós aracajuanos iremos poder curtir o som da banda!É isso sexta-feira lá na praça de eventos da Orla (playground de Fabiano Oliveira).


P.S.: O Show é organizado pelo todo poderoso Fabiano Oliveira.Ele não gosta de reggae,mas como todo bom capitalista quer dinheiro,independente de qualquer coisa.rsrsrsrs

Até mais =)

A ordem é: Todo mundo ficar bonito!




É incrível a proliferação dos “Salões de beleza” aqui pelo bairro onde moro (acredito que tenhamos a mesma situação em outras regiões do Brasil).Em toda esquina vai brotando novos estabelecimentos, chegando a situações onde em uma mesma rua há dois,três estabelecimentos deste tipo.Acho que em parte isso decorreu da maior oferta de cursos de baixo custo para a formação de cabelereiro.Então há uma variedade de preços e salões, sendo que os mais requintados com presença no shoppings Center chegam a cobrar 25 reais por um corte masculino; enquanto o preço médio aqui no bairro é de 5 reais no corte masculino.Ah não posso esquecer que no Mercado Central de Aracaju existe uma promoção interessante: “3 reais-sentado (a pessoa,claro né?), ou 2 reais- em pé”...rsrssrsrrss.Como eu disse no título deste post : “A ordem é todo mundo ficar bonito!”.
Até mais =)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ilustres Brasileiros: Chico Mendes



Nosso terceiro homenageado é o acreano Francisco Alves Mendes Filho, ou simplesmente “Chico Mendes”.Nasceu em Xapuri (AC) no dia 15 de dezembro de 1944, e faleceu no mesmo município no dia 22 de dezembro de 1988.Foi seringueiro, líder sindical e ativista ambiental e sempre foi um homem que lutava através da resistência pacífica.Era o porta-voz mundial da defesa pela preservação da Amazônia, tendo sido esta a causa do seu assassinato.Chico foi vereador pelo MDB em 1977 na mesma Xapuri, tendo depois se desligado desse partido. Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), assim como um dos seus dirigentes no Acre.Ele ainda disputou as eleições de 1982 para Deputado Estadual pelo PT,mas não logrou êxito.Sendo um grande líder sindical ,foi perseguido pelas elites locais, que o viam como um empecilho para o”progresso” da Amazônia. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.Chico Mendes como em muitos outros casos, era mais respeitado no exterior do que no seu próprio país. Os mandantes do seu assassinato, um casal de grandes latifundiários acreanos, foi julgado e condenado, mas como quase sempre no Brasil cumpriram poucos anos, e já estão livres...(quem tem grana não fica preso nesse país, aqui a impunidade reina!). É isso, mas as idéias de Chico Mendes ainda estão vivas para aqueles que querem um país mais justo, e um desenvolvimento sustentável na Amazônia.Chico vive!

O site da organização que leva o seu nome:
http://www.chicomendes.org/

Até mais =)

Dia do amigo é todo dia



O dia oficial foi na última segunda, dia 20, mas creio que ainda posso falar hoje (e em qualquer dia).O dia é só um simbolismo, por que pra amizades verdadeiras não existe dia, ela é pela vida inteira (acho que ficou um pouco clichê).A amizade pode ser construída de diversas formas, através dos contatos escolares, dos gostos musicais, esportivos, ou até mesmo amigos em comum. Acredito para que uma amizade funcionar tem que ter um pouco de doação de cada um, porque se não os “laços” podem se soltar.Tão bom como fazer novos amigos é conservar os velhos, pelo menos é o que acredito.Engraçado que na faculdade parece ser mais difícil fazer amigos, não sei se é porque na vida adulta as pessoas perdem qualquer senso de companheirismo devido aquela idéia de “ele é seu concorrente no mercado de trabalho, nada de sentimentalismos!” ,ou porque a turma não se deu mesmo, ou finalmente se é porque a vida agitada impede as pessoas de criarem laços de amizade.Então acho que a hora de fazer amigos é aquela lá dos primeiros anos de escola, jogar a semente ali, para que ela possa germinar por toda a vida.E ainda tem aquilo que é muito difícil as pessoas aceitarem: que os nossos amigos são nossos amigos independente dos “defeitos” que eles possam ter; falo isso porque muitas vezes a gente quer que nossos amigos seja uma cópia do que a gente é.Então desse jeito uma amizade nunca vai funcionar, ou seja, aceitemos as diferenças de cada um e sejamos amigos!E como diz o cantor Gabriel O Pensador na sua música “Mandei Avisar”:

Mandei avisar
Pro mundo inteiro
Que amizade, meu irmão
Vale mais que dinheiro.



Até mais =)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MICHAEL JACKSON



Já se passou quase um mês da morte do cantor, esse Blog faz um pequeno registro do acontecimento.Acho que este vai ser o último site a comentar o assunto...mas ainda é válido.Perdemos um grande artista, o "Rei do Pop".Confesso que não era fã do cantor, até mesmo porque quando vim ao mundo já se havia passado quase 10 anos do maior sucesso do artista, o álbum "Thriller" de 1982.Não irei comentar sobre a biografia do cantor e todos os episódios "polêmicos" que nortearam sua carreira, até porque isso já está ai em toda a internet e todas as revistas mundo a fora.Como em muitos casos, depois da morte do artista, ele volta a estar na boca do povo ou a ter sua produção intelectual mais procurada.Eu mesmo agora estou baixando os álbuns do cantor pra conhecer mais da sua obra.É isso, sem dizer com os ufanismos da TV que "amava" Michael Jackson, posso dizer que foi um dos grandes artistas que a Terra já conheceu!
Até mais =)

domingo, 12 de julho de 2009

Não é mais um besteirol americano...ou é???



Esses filmes americanos "universitários" são bestas e sempre manjados, mas a gente (quase) sempre gosta...rsrsrsrsrs.Assisti hoje um chamado : "Caindo na estrada" do ano 2000.

A melhor fala do filme:
"Quando você tem um compromisso com alguém e transa com outra pessoa... Não é traição se vocês estiverem em códigos de área diferentes. Não é traição se você estiver muito cansado para lembrar o que houve. Porque se você não consegue lembrar, não aconteceu realmente. Não é traição se você estiver com duas pessoas ao mesmo tempo, porque uma anula a outra."

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Até mais =)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Guido Mantega: os bancos públicos contra a crise (do Blog do Rodrigo Vianna)

Acompanhei - em São Paulo - a posse do novo presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca. Foi uma solenidade importante, porque mostrou que os bancos públicos têm um papel central na estratégia do governo brasileiro para combater a crise econômica.

Demian Fiocca já presidiu o BNDES, foi assessor de Mantega no Ministério do Planejamento, e tem ampla experiência no setor privado. É um caso raro: um economista de 40 e poucos anos, formado em São Paulo, com experiência no "mercado", mas que não pensa com a cabeça dos "mercadistas".

Demian nunca achou que o Brasil "precisa fazer a lição de casa" - como diziam as consultorias que ditaram regras no Brasil dos anos 90.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega fez questão de comparecer à posse (também estavam lá Miguel Jorge, do Desenvolvimento, e Luciano Coutinho, presidente do BNDES). Ele fez uma palestra esclarecedora. Mantega mostrou como, depois da crise (de setembro de 2008 pra cá), os bancos públicos sustentaram a concessão do crédito no Brasil.

As informações de Mantega vieram em gráficos que podem ser vistos aqui http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2009/p220609.pdf (os gráficos estão nas paginas 18 a 21 dessa apresentação publicada no site do Ministério da Fazenda).

A Nossa Caixa - que era um banco do Estado de São Paulo - foi comprada pelo Banco do Brasil no fim de 2008.

Em vez de simplesmente incorporar a Nossa Caixa ao BB, o ministro Mantega resolveu nomear Demian Fiocca para presidi-la, nesse periodo de transição. O objetivo é claro: transformar a Nossa Caixa em mais uma ferramenta de combate à crise, oferecendo crédito mais barato às empresas e consumidores.

Os tucanos abriram mão de ter um banco em São Paulo. E pelo que foi dito os tucanos administravam o bancom com certa leniência (para ser bem educado).

Nem estou falando dos escândalos na era Alckmin - http://www.viomundo.com.br/apoiamos/a-cpi-que-nunca-foi/.

Falo da gestão técnica do banco. Alguns pontos:

1) Na gestão tucana, a Nossa Caixa não oferecia empréstimo consignado a aposentados (algo inexplicável, já que o banco tem milhares de clientes aposentados, principalmente no interior paulista);

2) Os cartões da Nossa Caixa até hoje não tinham "chip" - o que facilitava as fraudes (o banco, com 10% da movimentação bancária em São Paulo, era responsãvel por 30% das fraudes registradas com cartões);

3) A Nossa Caixa não oferecia nenhuma linha de crédito específica para micro, pequenas e médias empresas.

Hoje mesmo, Fiocca lançou uma linha especial para atender esse perfil de empresas em São Paulo: serão 1,5 bilhão de reais, para empréstimos com prazos de até 36 meses pra pagar, e juros a partir de 1,55% ao mês.

Outra novidade importante: a nova linha da Nossa Caixa (chamada de Giro Nossa Caixa Flex) terá prazo de carência. Ou seja: o empresário pega a grana e só começa a pagar depois de alguns meses (até 180 dias).

É um alívio para recompor capital de giro de quem sofreu com a crise.

Conto tudo isso não pra fazer propaganda, mas pra mostrar que medidas assim é que estão ajudando o Brasil a sair da crise antes do que outros países.

Os tucanos abrem mãos dos bancos públicos. Colunistas tucanos pregam contra o pacote de Mantega (dizem que o governo está se descuidando na área fiscal). Essa turma pensa com a cabeça dos anos 90.

A turma da CBN prefere o Malan (aquele ministro que - depois de domar a inflação - levou o país à bancarrota no governo FHC) - http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/sabio-da-cbn-detesta-mantega-e-adora-malan

Eu prefiro o Mantega.

Ainda bem que o Mantega não é o Palocci.

E ainda bem que o Brasil (apesar da onda privatista dos anos 90) manteve bancos públicos. São ferramentas decisivas na hora da crise.

Por causa dos bancos públicos (CEF, Banco do Brasil, BNDES, Nossa Caixa e outros poucos), e por causa das medidas de incentivo fiscal adotadas por Mantega/Lula, o Brasil vai sair da crise (já começou a sair) antes dos outros.

O Brasil vai sair da crise maior do que entrou.

Novela Paraíso



Pense numa novela boa, rapaz!To assistindo todo dia, e olhe que há muito tempo não via novelas (não tenho aquele preconceito de que “homem não assiste novela”).Nos últimos tempos as novelas das seis são as que tem salvado a nossa atual dramaturgia brasileira, talvez porque seja a única que ainda mostra alguma coisa da cultura brasileira, assim como ter por característica ser de “época” ou de “sertão/interior do Brasil”.Sim, mas voltando a falar da novela , ela é um remake da homônima de 1982, quando tínhamos Sérgio Reis e hoje temos o cantor Daniel.A escolha da música “Deus e eu no sertão” da dupla Victor e Léo foi “na mosca”.Quando começam a tocar os primeiros acordes , você já corre pra frente da TV...rsrsrsrsrs.Outro ponto forte é aquelas roda de viola em volta da fogueira, que coisa boa minha gente ( apesar de ser da cidade, valorizo esse tipo de coisa).Agora que o Peão Doutor já se casou com a Rosa, vamos ver o que aquela Santinha vai fazer!E que essa novela não acabe logo, que diacho!

Até mais =)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Stop Stress, que to ficando louco. ( Férias)




Aqui vou eu falar das férias, que tempo bom!Aquele tempo que você pode dá uma relaxada do trabalho e/ou da faculdade, saí um pouco dessa rotina da babilônia, desse mundo onde nos é ensinado que “tempo é dinheiro”, quando me lembrei do que diz o cantor Linox em sua música : “Stop stress, que eu to ficando louco”.Um tempo onde você pode ir dormir sem ter hora para acordar, ficar de boa na rede a tarde toda...Ter tempo para ir na casa daquele amigo que você não vai à tempos, passar um tempo na casa da sua avó, jogar videogame a tarde toda (rsrsrsrsrs), jogar uma pelada na praia, e no meu caso específico, poder ir surfar muitos dias seguidos! E a vida anda tão acelerada nesses dias atuais, que você “se pega” planejando a toda hora as suas próprias férias, quando na verdade férias é pra se viver livremente, com liberdade total. Eu to pensando em viajar pra João Pessoa na Paraíba, tirar um som no violão com os amigos, pegar umas ondas e assistir muitos filmes.E você?
Até mais =)