Resolvi escrever esse texto a pouco mais de um mês depois de um acontecimento ocorrido na minha família. No fim de março, meu irmão e sua esposa, sofreram um acidente automobilístico na volta da lua-de-mel.Graças a Deus eles saíram bem dessa “quase tragédia”, pode-se dizer que foram salvos pelas “mãos de Deus”.
Mas eu não queria falar sobre isso, e sim sobre o que isso me fez lembrar e refletir.A reflexão de como nossa vida é frágil e breve, sobre como deveríamos aproveitá-la a cada momento dando valor para os momentos simples e bons da vida, como dizer que ama quem você ama, o voar de um beija-flor, o sorriso franco de seus avós, etc.Nesses momentos em que se pensa em perder um ente querido, é que reconhecemos que a nossa vida é um breve sopro perto da eternidade, então é importante aproveitar bem ela com fé e humildade.
Até mais
Pensando e escrevendo um pouco do turbilhão de reflexão que é a minha mente.Venha comigo nessa viagem...
domingo, 10 de maio de 2009
Como é frágil a vida
Sempre é bom ler "Veríssimo"
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A pouco tempo atrás li o mais novo livro do Luis Fernando Veríssimo.Esse gaúcho é um dos mais respeitados escritores brasileiros.Mestre da crônica social, política, mas sempre divertida, é autor de best-sellers como “O melhor das comédias da vida privada” e “Clube dos Anjos”.O mais recente livro dele é intitulado: “O mundo é bárbaro e o que temos a ver com isso”.Nesta obra, ele discute desde a ascensão chinesa até a candidatura de Barack Obama,política brasileira, atentados terroristas.Recomendo que procurem ler esse livro, é uma leitura relaxante e nem por isso descartável, muito pelo contrário.Colocarei abaixo alguns trechos interessantes do livro:
“Os únicos bichos que falam são os papagaios, mas até hoje não se tem notícia de um que defendesse os direitos dos outros. O papagaio tem voz, mas não tem consciência de classe”. (Da sua natureza)
“O que Obama faria na presidência é um mistério.Li no New York Times que as companhias de seguro e previdência privada, as maiores interessadas em que os EUA continuem sendo o único grande país industrializado sem um sistema universal de saúde pública, deram mais dinheiro para a campanha dele do que para Hillary e McCain.Hummm.Os grandes apostares costumam saber mais do que a gente”(Admirável)
Até mais
domingo, 3 de maio de 2009
Eduardo Galeano: a linguagem, as coisas e seus nomes
Na era vitoriana era proibido fazer menção às calças na presença de uma senhorita. Hoje em dia, não fica bem dizer certas coisas perante a opinião pública:
O capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;
O imperialismo se chama globalização;
As vítimas do imperialismo se chamam países em via de desenvolvimento, que é como chamar de meninos aos anões;
O oportunismo se chama pragmatismo;
A traição se chama realismo;
Os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;
A expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;
O direito do patrão de despedir sem indenização nem explicação se chama flexibilização laboral;
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;
em lugar de ditadura militar, se diz processo.
As torturas são chamadas de constrangimentos ilegais ou também pressões físicas e psicológicas;
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleoptomaníacos;
O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de
enriquecimento ilícito;
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos motoristas de automóveis;
Em vez de cego, se diz deficiente visual;
Um negro é um homem de cor;
Onde se diz longa e penosa enfermidade, deve-se ler câncer ou AIDS;
Mal súbito significa infarto;
Nunca se diz morte, mas desaparecimento físico;
Tampouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares: os mortos em batalha são baixas e os civis, que nada têm a ver com o peixe e sempre pagam o pato, danos colaterais;
Em 1995, quando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: “Não gosto da palavra bomba. Não são bombas. São artefatos que explodem”;
Chama-se Conviver alguns dos bandos assassinos da Colômbia, que agem sob proteção militar;
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura uruguaia;
Chama-se Paz e Justiça o grupo militar que, em 1997, matou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, que rezavam numa igreja do povoado de Acteal, em Chiapas
(Do livro De pernas pro ar, editora L&PM)
O capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado;
O imperialismo se chama globalização;
As vítimas do imperialismo se chamam países em via de desenvolvimento, que é como chamar de meninos aos anões;
O oportunismo se chama pragmatismo;
A traição se chama realismo;
Os pobres se chamam carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos;
A expulsão dos meninos pobres do sistema educativo é conhecida pelo nome de deserção escolar;
O direito do patrão de despedir sem indenização nem explicação se chama flexibilização laboral;
A linguagem oficial reconhece os direitos das mulheres entre os direitos das minorias, como se a metade masculina da humanidade fosse a maioria;
em lugar de ditadura militar, se diz processo.
As torturas são chamadas de constrangimentos ilegais ou também pressões físicas e psicológicas;
Quando os ladrões são de boa família, não são ladrões, são cleoptomaníacos;
O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de
enriquecimento ilícito;
Chamam-se acidentes os crimes cometidos pelos motoristas de automóveis;
Em vez de cego, se diz deficiente visual;
Um negro é um homem de cor;
Onde se diz longa e penosa enfermidade, deve-se ler câncer ou AIDS;
Mal súbito significa infarto;
Nunca se diz morte, mas desaparecimento físico;
Tampouco são mortos os seres humanos aniquilados nas operações militares: os mortos em batalha são baixas e os civis, que nada têm a ver com o peixe e sempre pagam o pato, danos colaterais;
Em 1995, quando das explosões nucleares da França no Pacífico Sul, o embaixador francês na Nova Zelândia declarou: “Não gosto da palavra bomba. Não são bombas. São artefatos que explodem”;
Chama-se Conviver alguns dos bandos assassinos da Colômbia, que agem sob proteção militar;
Dignidade era o nome de um dos campos de concentração da ditadura chilena e Liberdade o maior presídio da ditadura uruguaia;
Chama-se Paz e Justiça o grupo militar que, em 1997, matou pelas costas quarenta e cinco camponeses, quase todos mulheres e crianças, que rezavam numa igreja do povoado de Acteal, em Chiapas
(Do livro De pernas pro ar, editora L&PM)
sexta-feira, 1 de maio de 2009
É bom uma charge de vez em quando..,
Indicando um Filme: "9º Dia"

Estreando essa coluna aqui no Blog, porque aqui no “Dropando em idéias”, tem espaço pra um pouco de tudo.Como o cinema é mais uma paixão minha,então aqui estarei sugerindo um filme para os nossos visitantes.
Pra começar indicarei este filme do cartaz que está aí em cima, intitulado “9º Dia”.O Filme é uma produção alemã de 2004. Dirigido por Volker Schlöndorff, este drama é ambientado no período da Segunda Guerra Mundial ,e trata dos conflitos éticos pelos quais passa o padre católico Henri Kremer (Ulrich Matthes) durante aquele conflito.Preso no campo de concentração, o padre ganha uma licença de liberdade de 9 dias, sendo que para ter sua liberdade ele tem que participar da negociação da Igreja Católica com os nazistas, estes últimos desejavam o apoio da Igreja em seus atos.É um filme muito interessante, bom para fugir do olhar americanizado sobre a história e que prende o telespectador com seu jogo de palavras.Preste atenção nas metáforas usadas durante todo o filme!Tá Recomendado!
Até mais
terça-feira, 21 de abril de 2009
Contas Abertas: coloque nos FAVORITOS!

Um site interessante pra se visitar freqüentemente é o "CONTAS ABERTAS".O Contas Abertas é uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos. É um site que acompanha todos os registros do uso do dinheiro público por todo o nosso país.É importante estar atento pro que estão fazendo dos nossos impostos!Visite hoje mesmo e sempre.
O endereço:http:www.contasabertas.uol.com.br/
Até mais
Tiradentes.Porque comemorar?

É curioso como a história do mundo está carregada das ideologias.Hoje, dia 21 de abril, aqui no nosso país se comemora o dia de Tiradentes,sendo ele feriado nacional.Mas quase ninguém se pergunta o porquê de comemorarmos essa data.O viés ideológico pode se notar por ele ter sido o líder da inconfidência mineira, um movimento que pregava a independência da província de Minas Gerais.Movimento esse que foi liderado pela elite local e pelo alto clero, tinha uma de suas bandeiras o fim da cobrança de altos impostos do ouro explorado por Portugal em Minas Gerais.Foi uma revolta liberal, e que nenhum momento tocava no assunto da escravidão dos negros ainda vigente aquela época.Agora nos perguntamos porque não há um feriado nacional para Antonio Conselheiro(Revolta de Canudos), para o Zumbi dos Palmares, para a Balaiada (Maranhão)?? Porque todos esses movimentos eram de origem popular,ou seja, oriundas do povo.Como a história quem conta são os vencedores, só temos feriado pra Tiradentes.
Até mais
domingo, 12 de abril de 2009
É bom uma charge de vez em quando...
domingo, 5 de abril de 2009
Só para rir um pouco...

Depois de tantas coisas sérias, é bom descontrair um pouco...rsrsrs.Contribuição do site "Tolices do Orkut".
Até mais
Esses muros aqui, são “válidos”.

Engraçado como,muita das vezes, os poderosos são contraditórios em suas ações. Os EUA criaram a Guerra Fria durante o Século XX,e duelavam com a União Soviética pela liderança mundial.O fim desta fase na história do mundo, foi dado pela derrubada do Muro de Berlim, que separava a Alemanha Oriental, da Alemanha Ocidental.Os EUA comunicava e mostrava a todo o mundo, que eles haviam vencido e levado a liberdade para os pobres alemães orientais.Agora no século XXI, os americanos estão construindo um muro para separar os EUA do México.Dizem eles que é para evitar a imigração ilegal. Já o seu grande “amiguinho”,Israel, faz a mesma coisa no Oriente Médio, separando este país da Palestina.Conclusão deste pequeno texto: liberdade de ir e vir ao capital, as mercadorias,etc...negação do direito de ir e vir para as pessoas.Mais uma lição do Tio Sam.
Até breve.
Só 6% controlam geração de renda no Brasil
Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os meios de produção de riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros. É uma das conclusões apresentadas no livro Proprietários: Concentração e Continuidade lançado hoje (2), na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo.
A publicação é o terceiro volume da série Atlas da Nova Estratificação Social do Brasil, produzida por Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e vários economistas do órgão. Do livro, consta um levantamento que revela que, de cada 20 brasileiros, apenas um é dono de alguma propriedade geradora de renda: empresa, imóvel, propriedade rural ou até mesmo conhecimento – também considerado um bem pelos pesquisadores.
Em entrevista coletiva organizada para o lançamento do livro, Pochmann afirmou que a concentração das propriedades no Brasil é antiga e remete aos tempo da colonização. Desde a concessão das primeiras propriedades agrícolas, passando pela industrialização ocorrida no século 20, até o aumento da atividade financeira, os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.
"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país”, disse.
De acordo com o livro, os proprietários brasileiros têm um perfil específico comum. A grande maioria tem entre 30 e 50 anos de idade, é de cor branca, concluiu o ensino superior, e não tem sócios.
Para Pochmann, o quadro da distribuição das propriedades brasileira é grave. O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.
“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás; nossa carga tributária onera os mais pobres; a única coisa que vai bem é a educação”, afirmou ele, citando dados que apontam que o percentual dos jovens que frequenta a universidade passou de 5,6%, em 1995, para cerca de 12%, em 2007.
Pochmann disse porem que mesmo com o aumento dos índices da educação, ele ainda está muito aquém do encontrado na Europa, onde 40% dos jovens têm diploma universitário. Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.
Fonte: Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os meios de produção de riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros. É uma das conclusões apresentadas no livro Proprietários: Concentração e Continuidade lançado hoje (2), na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo.
A publicação é o terceiro volume da série Atlas da Nova Estratificação Social do Brasil, produzida por Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e vários economistas do órgão. Do livro, consta um levantamento que revela que, de cada 20 brasileiros, apenas um é dono de alguma propriedade geradora de renda: empresa, imóvel, propriedade rural ou até mesmo conhecimento – também considerado um bem pelos pesquisadores.
Em entrevista coletiva organizada para o lançamento do livro, Pochmann afirmou que a concentração das propriedades no Brasil é antiga e remete aos tempo da colonização. Desde a concessão das primeiras propriedades agrícolas, passando pela industrialização ocorrida no século 20, até o aumento da atividade financeira, os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.
"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país”, disse.
De acordo com o livro, os proprietários brasileiros têm um perfil específico comum. A grande maioria tem entre 30 e 50 anos de idade, é de cor branca, concluiu o ensino superior, e não tem sócios.
Para Pochmann, o quadro da distribuição das propriedades brasileira é grave. O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.
“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás; nossa carga tributária onera os mais pobres; a única coisa que vai bem é a educação”, afirmou ele, citando dados que apontam que o percentual dos jovens que frequenta a universidade passou de 5,6%, em 1995, para cerca de 12%, em 2007.
Pochmann disse porem que mesmo com o aumento dos índices da educação, ele ainda está muito aquém do encontrado na Europa, onde 40% dos jovens têm diploma universitário. Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.
Fonte: Agência Brasil
Enxergar com "olhos da realidade" o governo Barack Obama

O atual presidente eleito, Barack Obama, chegou até a Casa Branca com ares de “salvador do planeta”.Como se sabe,os Estados Unidos vêem de um desastroso governo de George W. Bush, que terminou/culminou com essa crise econômica (financeira) mundial; foi esse o presente de grego dado pelo seu antecessor à Obama.Os eleitores americanos precisavam de “algo novo”, e essa novidade foi o primeiro presidente negro dos EUA.Fato muito festejado em todo o mundo,na realidade só fez colocar uma nova embalagem em um mesmo produto.Com pouquíssimas exceções, o Governo OBAMA se mostra muito parecido ou igual ao de George W.Bush.Com a nomeação de” muitas caras conhecidas” do governo anterior ,isto ficou demonstrado; Mais ainda depois de afirmações do presidente que continuará investindo na chamada “Economia de Guerra” (Afeganistão,Iraque...) se assim podemos chamar.Sobre as relações com a América Latina pouco se sabe ainda o que teremos pela frente.Ele chamou nosso presidente Lula de “o cara”, entretanto, cuidado com as palavras!!!Vamos ficar espertos para que o “nosso brother” Obama não queira nos empurrar a ALCA novamente!
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